Oi, amigos!
Finalmente estamos escrevendo novamente. Temos que pedir desculpas mais uma vez pela demora na atualizacao do blog e das fotos do Orkut. Estamos aqui em uma "lan house" justamente para sanar essa nossa falta. Ocorre que a viagem, como já era programado, há horas que se dá numa correria só. E ainda há o agravante de nao termos sempre locais disponíveis ou com boa conexao para acessar à rede.
Tentarei falar um pouco de nossa atual situacao e do que vivemos nos últimos dias-
Bom, chegamos hoje ao norte do Peru, à cidade de Huaraz (por isso o título do post). A cidade que, pelo menos pra mim, gerara uma grande expectativa foi em verdade uma decepcao. Huaraz é a capital da província de Ancash e serve de base para as expedicoes à Cordilheira Blanca, setor da Cordilheira dos Andes marcada por altíssimas montanhas (dezenas de picos com mais de 6000m) todas nevadas (daí o nome).
Acontece que Huaraz é uma cidade feia, sem estrutura turística, e sem a beleza característica de todas as demais cidades peruanas por que passamos até entao. Dou um exemplo. Todas as cidades anteriores do Peru (Lima, Arequipa, Cusco, e até mesmo a notadamente feia Puno e a recém abalada - em 2007 - por um fortíssimo terremoto, Ica) possuem belíssimas pracas centrais (as chamadas Plazas de Armas), com igrejas sempre muito bonitas. Aqui a praca central é apenas comum e a igreja está toda em reforma (nao sei se por obra de algum terremoto, que sao comuns no Peru). Assim, nao há grandes coisas a se ver na cidade. Mas minha expectativa permanece quanto ao passeio de amanha, quando iremos a uma das chamadas Lagunas de Llanganuco. Será um passeio um pouco cansativo, de dia inteiro, mas espero extrair de lá boas fotos e boas impressoes da regiao, que até agora tem sido um pouco frustrante. Do passeio, à noite seguimos para Lima, etapa final de nossa viagem.
Antes daqui estivemos em Ica, cidade que, como disse, foi muito abalada pelo grande terremoto de 2007. Uma cidade vizinha, Pisco, por onde passamos de ônibus, ainda está muito destruída, e em completa reconstrucao, o que nos deu um aperto no coracao quando ali passamos. Mas quanto a Ica, apesar do abalo, surpreendeu-nos apesar da ligeira passagem. A Plaza de Armas é bem charmosa e a Laguna de Huacachina, onde ficamos, é um verdadeiro oásis em meio a um deserto. Explico. Trata-se de uma parte da cidade, onde há uma pequena lagoa e ao seu redor dunas gigantescas (verdadeiramente imensas mesmo, as de Genipabu e Cumbuco sao pequenos montículos de areia frente àquilo). Deu muita vontade de subir, mas o tempo foi curto e nós fizemos um passeio (lindo, por sinal) às chamadas Islas Ballestas, ilhas rochosas do Oceano Pacífico, que é um verdadeiro santuário de animais (vimos golfinhos, leos marinhos, pinguins e mais uma infinidade de aves que nao conhecíamos).
Antes de Ica, viemos de Arequipa, cidade por que já tínhamos passado, mas que foi, ao menos pra mim, a verdadeira revelacao da viagem. Embora nao tenhamos feito o passeio do Cañon del Colca, que é a principal razao por que muitas pessoas vao a Arequipa, adoramos a cidade, linda em suas construcoes brancas, feitas de sillar, que é uma rocha vulcânica, encontrada nos vulcoes que rodeiam a cidade. Nessa segunda passada, visitamos o Monastério de Santa Catalina, que é quase um bairro, tao cheio de coisas a serem vistas, com ruas, claustros, celas e tudo o mais, dando uma nocao de como viviam (e ainda vivem, em uma parte menor do convento) as freiras ali há quase quatro séculos. Fomos, ainda, a um museu em que vimos uma das mais bem preservadas múmias do mundo, a Juanita. Nossa, dá um medo chegar perto dela, depois de todo um clima passado pela guia, de ver como ela foi encontrada congelada, perto do cume de um vulcao, sacrificada pelos incas, para aplacar a fúria da natureza à época. Daí entramos em um local escuríssimo, onde ela está, pra se manter conservada, e dá pra ver a perfeicao da conservacao, tudo perfeito.
Bom, pra finalizar, gostaria de falar de Puno, visita anterior à Arequipa, Puno que, embora feia, reserva um passeio que eu achei fascinante. Sao as chamadas Islas Flotantes de Los Uros, ilhas flutuantes que ficam no lago Titicaca, feitas de um junco chamado totora. A verdade é essa: as ilhas nao têm base fixa no mar, sao feitas pelos moradores, os Uros, com essa planta, e ficam flutuando (suavemente, lógico) no lago! Dá uma sensacao incrível pisar ali e saber que aquilo tem apenas um três metros de um material tao frágil!
Bom, amigos, é isso. Esperamos escrever depois de amanha, de Lima, contando as novidades.
Grande abraco a todos!!
miércoles, 15 de julio de 2009
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